Wednesday, August 09, 2006


As palavras perdem-se ao sabor sinuoso do Tempo que urge.
Vagueio enquanto me é permitido aguentar este peso maligno, enquanto tudo em meu redor são destroços empoeirados pelo Tempo.
Acordes que me acordam para a vida como lâminas de bisturi noutras dimensões, onde gatos miam e espelhos partidos não dão azar.
Liberto-me dos medos que visto, ergo-me da minha carapaça passiva e triste e solto as palavras no crepúsculo matutino do dia em vão.
Ergo-me na fraqueza do sonho incógnito, grito enquanto o sangue vai descongelando, e, lentamente, percorre as veias atrofiadas pelo silêncio dos movimentos.
Arrasto-me até chegar ao cimo da montanha, onde se abre uma porta do Universo, os portões invisíveis da Alma, encantamentos aromatizados pelo Alecrim divino divinorium
Largo tudo o que veio comigo...

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