Haja a vontade de um subtrefúgio,de uma labareda incandescenteardendo nos olhos.E que o temor do insconscienteseja sabiamente abraçado.
Em cantos...
Em cantos canto a tristeza que sobre mim se abate;em cantos canto a alegria que recordo com saudade...em cantos vivo o dia a dia pensante,correndo suavemente pelos canteiros do destino...Parto sem saber para onde vou, e volto sem saber por que parti,sempre na imensidão do silêncio absurdo e acusador que me rodeia e aperta...Em cantos me fecho e tapo, me lamento e debato,sonhando realidades mais confusas que utopias,sonhos mais duros que a realidade impossivel que me rodeia.Em cantos grito a dor que sinto,grito o silêncio que doi e flameja no meu peito...Em cantos vivo,em cantos sofro e escorrego pelo meu próprio pensar.
("noite de poesias "/ RiTuAL -00/02/11)
Queria pertencer a uma raça diferente, assexuada, em que não houvessem oitos nem oitentas, nem polos de duvidosa atracção.Queria ser como a chuva, sublimar-me e viajar pelo céu não santificado, para rebentar em queda no meio dos trovões entorpecidos...Queria ser um não ser - simplesmente - vaguear eternamente por entre as sombras.
Que a morte e a insanidade me leve, Já que a morte não me quer ceifarE me coroe com os louros da loucuraCânticos de glória entoados em enigmasRevelando-se no inteligível...Que a insanidade me leve,Pois que me sinto preparadaA imcompreensão nasceu comigoE a senilidade vigia-me astutamente...Por isso, sempre que me deito,RezoPara que a insanidade me leve,Se a morte não me consumir.