Friday, July 28, 2006

Haja a vontade de um subtrefúgio,
de uma labareda incandescente
ardendo nos olhos.
E que o temor do insconsciente
seja sabiamente abraçado.

Wednesday, July 26, 2006

Em cantos...

Em cantos canto a tristeza que sobre mim se abate;
em cantos canto a alegria que recordo com saudade...
em cantos vivo o dia a dia pensante,
correndo suavemente pelos canteiros do destino...
Parto sem saber para onde vou,
e volto sem saber por que parti,
sempre na imensidão do silêncio absurdo e acusador que me rodeia e aperta...
Em cantos me fecho e tapo,
me lamento e debato,
sonhando realidades mais confusas que utopias,
sonhos mais duros que a realidade impossivel que me rodeia.
Em cantos grito a dor que sinto,
grito o silêncio que doi e flameja no meu peito...
Em cantos vivo,
em cantos sofro e escorrego pelo meu próprio pensar.

("noite de poesias "/ RiTuAL -00/02/11)







Queria pertencer a uma raça diferente, assexuada, em que não houvessem oitos nem oitentas, nem polos de duvidosa atracção.
Queria ser como a chuva, sublimar-me e viajar pelo céu não santificado, para rebentar em queda no meio dos trovões entorpecidos...
Queria ser um não ser - simplesmente - vaguear eternamente por entre as sombras.

Que a morte e a insanidade me leve,
Já que a morte não me quer ceifar
E me coroe com os louros da loucura
Cânticos de glória entoados em enigmas
Revelando-se no inteligível...
Que a insanidade me leve,
Pois que me sinto preparada
A imcompreensão nasceu comigo
E a senilidade vigia-me astutamente...

Por isso, sempre que me deito,
Rezo
Para que a insanidade me leve,
Se a morte não me consumir.