Thursday, November 23, 2006

Tempestades interiores

Acordei com uma enorme tempestade.
Dentro de mim, revoltaram-se as multiplas personagens que vou abrigando. A janela estava aberta... uma rajada de vento tão violenta que derrubou a minha tela. Relógio de parede.
Não há tempo.
Foi-se a oportunidade de aguardar pela passagem da chuva, nesta torrente de sentimentos escuros como o céu.
Não sei que caminhos tomei para aqui chegar, só sei que os dias teem passado com um negrume que se me entranhou até aos ossos, se é que ainda os tenho, dentro dos músculos retesados pela incompreensão, pelo repúdio.
Uma necessidade de sacudir tudo isto dos ombros e embrenhar-me numa solitude só minha.